Censo de águia-pesqueira

Censo de águia-pesqueira invernante na Península Ibérica

O censo da águia-pesqueira (Pandion haliaetus)  tem como objectivo quantificar a população invernante de águia-
pesqueira na Península Ibérica. Este projeto é coordenado pelo Aves de Portugal em Portugal e a Fundación Migres é responsável pelos trabalhos em Espanha. O Portugal Selvagem ficou responsável pela coordenação de uma das áreas mais importantes de ocorrência da espécie – a Ria de Aveiro. 
Este tipo de trabalhos tem uma importância crucial no conhecimento da abundância e distribuição da espécie, pois permitirá, a médio-longo prazo, compreender a evolução das populações desta espécie a nível ibérico, e em particular em território nacional.

A ÁGUIA-PESQUEIRA

A águia-pesqueira é uma das espécies de rapina com maior distribuição no mundo, ocorrendo em todos os continentes, com a exceção apenas da Antártida. Em Portugal, a águia-pesqueira foi relativamente comum como nidificante até ao início do século XX. No entanto, ao longo deste século registou-se uma progressiva diminuição da população reprodutora, principalmente devido à pressão humana. No início da década de 1990 restavam apenas dois casais, e a partir do ano de 1998 a águia-pesqueira deixou de nidificar regularmente em território nacional. A partir de 2015, a espécie voltou a reproduzir em Portugal, mas em números muito reduzidos.

A águia-pesqueira é uma ave de rapina de grandes dimensões, que à distância parece preta e branca. As partes inferiores são principalmente brancas, destacando-se os “punhos” pretos, enquanto que as partes superiores são acastanhadas. Na cabeça apresenta uma característica máscara preta. A águia-pesqueira ocorre essencialmente zonas húmidas, tanto no litoral como no interior, alimentando-se, como o nome comum sugere, de peixe.